PALAVRAS CRUZADAS #5

Minutos antes de entrar em cena, a cantora é assassinada no camarim e uma impostora toma o seu lugar para fazer o show. Este foi o mote criado pelo Jo Bilac para o quinto espetáculo do Palavras Cruzadas, que se desenvolvia através de textos escritos ao vivo e projetados no fundo do palco, e de diálogos criados para os manequins ruivos que compunham o cenário. O trabalho visual do Arthur Tuoto, baseado em fotos antigas e texturas de películas corroborava com o clima de mistério. Thaís Gullin interpretou canções até então inéditas no seu repertório, como “Me deixe mudo” (Walter Franco) e “Walk on the wild side” (Lou Reed). (por Marcio Debellian)

VÍDEOS

FOTOS

ROTEIRO

1. Prólogo (Jô Bilac) 
2. Me deixe mudo (Walter Franco)
3. Revendo Amigos (Jards Macalé / Waly Salomão)
4. Hotel das Estrelas (Jards Macalé / Duda)
5. Texto – Felicidade Clandestina (Clarice Lispector/ Adaptação: Thais Gulin)
6. Horas Cariocas (Thais Gulin)
7. Texto – Interrogatório (Jô Bilac)
8. História de Fogo (Otto)
9. Take a walk at the Wild Side (Lou Reed)
10. Texto – Inspiração (Jô Bilac)
11. Alice sim, Alice (Tom Zé)
12. Texto – Tome uma atitude (Antonio Abujamra)
13. Ave Maria do Morro (Herivelto Martins – versão em falso Russo, Thais Gulin)
14. A vida da outra (Thais Gulin)
15. Texto – Recado/ Caixa de Areia (Jô Bilac)
16. Água (Kassin)
17. Texto – Secretária Eletrônica (Jô Bilac)
18. Cinema Americano (Rodrigo Bittencourt) / Big Butts (Sir Mix a Lot)

ARTISTAS

THAÍS GULLIN

Nasceu em Curitiba, onde em 1996 começou seus estudos de música e teatro até ir para o Rio de Janeiro, onde já mora há mais de 10 anos. Cursou bacharelado em MPB na Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO), tem formação musical de canto popular, violão popular e erudito, e teatro. Como atriz, Thaís ganhou o prêmio do Festival Lala Schineider, em 2000, e trabalhou em montagens como a sambópera A Traviata, com direção de Augusto Boal e direção musical de Jayme Vignoli; Havana Café, com direção de Luís Fernando Lobo; e Missa dos Quilombos, de Milton Nascimento. Cursou interpretação no Manchester City College na Inglaterra e no Brasil estudou com diversos diretores, entre eles, Thierry Tremouroux (clown), Gerald Thomas, Moacir Chaves e Juliana Carneiro da Cunha. Tem dois discos lançados: Thais Gullin (2007) e ôÔÔôôÔôÔ (2011).

ARTHUR TUOTO

Nasceu em Curitiba, é artista visual e cineasta e desenvolve uma obra que mescla cinema, fotografia e novas mídias. Partindo de apropriações e outros deslocamentos audiovisuais, sua obra busca explorar tanto um caráter primitivo da imagem em movimento, como questionar alguns conceitos de propriedade intelectual e autoralidade. Já teve trabalhos expostos no Moscow Museum of Modern Art (Rússia), Museu Oscar Niemeyer (Brasil), Kunstmuseum Bonn (Alemanha), Casoria Contemporary Art Museum (Itália) e Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Brasil), integrou a IV Bienal do Porto Santo (Portugal), 5ª Bienal Latino-Americana de Artes Visuais Vento Sul (Brasil), Bienal de la Imagen en Movimiento (Argentina), 64º Salão Paranaense (Brasil), Videonale 14 (Alemanha), além de ter participado de festivais como o Videoformes (França), Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo (Brasil), Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro (Brasil), Mostra de Cinema de Tiradentes (Brasil) e Kunstfilmtag (Alemanha).

JÔ BILLAC

Carioca, formado pela escola de teatro Martins Pena, onde formou sua Cia Teatro Independente que circulou pelo país com os espetáculos Cachorro! e Rebú, além do mais recente texto Cucaracha. Com 15 textos encenados, foi traduzido e estudado na França, Espanha, Itália, Bélgica e Colômbia. Entre as principais indicações e prêmios estão: Savana Glacial, Prêmio Shell de melhor autor 2011 e indicado ao APTR 2011, e O matador de santas vencedor do Prêmio Contigo de Teatro. Indicado como personalidade do teatro em 2011 ao Prêmio Faz Diferença do jornal O Globo. Em 2013, seu roteiro Coração na boca ganhou o Prêmio Panorama Carioca de melhor filme no Festival Internacional de Curtas no Rio de Janeiro.